Brasil x Argentina x EUA — O Triângulo Amoroso Econômico Que Ninguém Pediu

Se alguém tinha dúvidas de que 2025 seria um ano de emoções fortes na economia, Javier Milei e Donald Trump trataram de dar um “up” dramático no roteiro. A dobradinha improvável, que parece saída de um laboratório de testes de política externa, já acendeu o alerta no Brasil: e agora, quem poderá nos defender do novo bromance geopolítico?

Segundo especialistas (daqueles que realmente usam planilhas com fórmula e não calculadora de feira), o acordo Milei-Trump pode mexer num vespeiro gigante: a presença brasileira no mercado argentino, principalmente no setor automotivo, onde nós sempre fomos aquela vizinhança confiável. Tipo o amigo que empresta açúcar e óleo, mas agora corre o risco de ser deixado no vácuo porque o vizinho arrumou um namorado americano.

Os números não mentem — mas eles riem de nós

De janeiro a outubro de 2025, o Brasil transacionou assim:

Brasil ↔ Argentina

Exportações: US$ 15,84 bi (queda de 3,30%)

Importações: US$ 10,77 bi (alta de 41,40%, parabéns a todos os envolvidos)

Brasil ↔ EUA

Exportações: US$ 31,14 bi (alta de 11,50%)

Importações: US$ 38,29 bi (queda de 4,50%)

Ou seja:
Com os EUA a relação é tipo casamento antigo — a gente vende bem, compra muito e segue firme, porque separar é caro.
Com a Argentina, a relação é tipo namoro latino: a gente exporta menos, importa bem mais e ainda tem crise toda semana.

Mas o calo mesmo aperta na… indústria automotiva

Líder absoluta entre os produtos brasileiros mais enviados à Argentina, a indústria automotiva pode sentir o golpe. Afinal, se Milei realmente fizer juras econômicas eternas a Trump, veículos e autopeças brasileiras podem perder espaço para produtos americanos.

É aquele cenário clássico:
Você tem um cliente fiel, que sempre compra o mesmo carro de você. Aí chega um gringo fortão prometendo “melhores condições, lower taxes e America First”. O cliente olha e pensa: por que não?

A diplomacia virou um grande reality show

O fato é que Milei está apostando todas as fichas numa guinada pró-EUA. E o Brasil, que sempre foi o irmão mais velho nessa relação, agora corre o risco de virar o primo distante do churrasco: aquele que chega com a farofa, mas ninguém nota.

E o que o Brasil pode fazer?

Tecnicamente falando:

Ajustar políticas de incentivo ao setor automotivo

Reforçar acordos bilaterais

Abrir novas frentes de exportação

Humoristicamente falando:

Mandar um kit amizade para Milei

Dar de presente um Uno Mille 1998 (símbolo máximo da fraternidade automobilística do Mercosul)

Colocar Alckmin para fazer aquele olhar de “tô decepcionado contigo, Javier”

No fim das contas, o acordo Milei-Trump não significa apenas um movimento de política externa. É quase uma novela internacional, com direito a disputa por atenção, mudanças de rumo, crises de ciúmes e gráficos coloridos mostrando que nada está sob controle.

Mas como acontece com toda boa relação bilateral, no fundo o Brasil sabe:
Argentina briga, reclama, faz charme… mas volta.
Afinal, nenhum acordo geopolítico supera 130 anos de parceria, risos, crises inflacionárias compartilhadas e carros brasileiros motorizando metade de Buenos Aires

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