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O mercado imobiliário brasileiro vive uma corrida para agradar o público jovem: studios cada vez menores, flats compactos, apartamentos pensados para quem passa mais tempo fora do que dentro de casa. Esse movimento acompanha as novas dinâmicas urbanas, mas revela também um ponto cego perigoso: e a terceira idade?

Enquanto “pulam” lançamentos para solteiros e nômades digitais, quase nada é construído para um público que cresce, vive mais e precisa de algo muito simples: espaço, conforto e dignidade.

A verdade é que boa parte dos imóveis novos ignora necessidades básicas dessa faixa etária, como corredores mais largos, áreas de circulação para quem usa cadeira de rodas, banheiros adaptáveis, portas que realmente permitam mobilidade. É como se o mercado tratasse a velhice como exceção, quando, na realidade, ela é o futuro de todos nós.

Exemplos que apontam caminhos

Um dos poucos movimentos reais nessa direção veio do Governo do Paraná, que implantou um condomínio público voltado exclusivamente para idosos de baixa renda. Onde o aluguel é apenas 15% de um salário mínimo.

E não estamos falando de asilo, institucionalização ou abandono. É moradia. Moradia planejada, decente, com infraestrutura, convivência e autonomia. Um modelo que respeita quem já viveu o suficiente para merecer mais cuidado, e não menos.

Esse projeto quebra a lógica equivocada que ainda domina grande parte do Brasil: a ideia de que “lugar de idoso” é em estruturas improvisadas, apertadas, sem ergonomia, sem luz, sem vida. O Paraná mostrou que dá para fazer diferente.

Com o envelhecimento acelerado da população, o Brasil está diante de uma oportunidade, e de uma urgência.

O setor imobiliário pode continuar produzindo metros quadrados para jovens que ainda nem decidiram onde vão viver… ou pode aproveitar o imenso potencial de um público que sabe o que quer, sabe o que precisa e, principalmente, está ficando mais numeroso a cada ano.

Projetos inclusivos, apartamentos com acessibilidade real, condomínios planejados, moradias públicas dignas. Isso não é tendência: é necessidade.

O mercado que entender isso vai cumprir um papel social gigantesco, além de faturar algo, com uma população que tem dinheiro em caixa e disposição para gastar com o que quer, e precisa.

#DicaDoPaulinhoDaConstruSim

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