Depois da COP-30, que colocou o Pará no centro das discussões climáticas do planeta, surge uma articulação que parece cena de um filme onde a política dá lugar à ação concreta. Representantes do grupo internacional ligado a Arnold Schwarzenegger, com forte atuação em políticas ambientais, voltam ao estado para abrir um novo capítulo: uma parceria direta entre Pará e Califórnia para prevenir incêndios florestais.
É uma aliança nascida não do protocolo, mas da urgência. A Amazônia, pressionada pelo avanço do desmatamento e pelas secas severas, encontra eco na Califórnia, que convive há anos com megaincêndios que devastam comunidades inteiras. As duas regiões, tão distantes no mapa, carregam cicatrizes parecidas, e agora trocam estratégias, tecnologias e inteligência para impedir que novas tragédias aconteçam.
A visita, discreta e objetiva, simboliza algo maior que diplomacia ambiental: é o legado pós-COP ganhando vida. Um desdobramento prático que mostra que o evento não terminou no encerramento das plenárias. Ele continua reverberando, criando pontes improváveis e reunindo especialistas que enxergam o fogo não como um problema isolado, mas como um inimigo global.
O Pará e a Califórnia, cada um com suas dores e suas soluções, começam a escrever juntos uma história que mistura ciência, cooperação e esperança. Daquelas que lembram ao mundo que ainda é possível reagir antes que o próximo incêndio acenda.



