Soldados que atuam na linha de frente da guerra na Ucrânia reagiram com forte ceticismo ao plano de paz sugerido pelos Estados Unidos. Para muitos, a proposta parece distante da realidade brutal vivida diariamente nas trincheiras e não leva em conta o custo humano que o conflito já impôs ao país.
Entre os militares, o sentimento é misto: enquanto alguns encaram o anúncio com resignação, a maioria recebeu o plano com irritação e desconfiança. De acordo com relatos colhidos no próprio front, a percepção dominante é de que a iniciativa americana oferece concessões que, na visão dos combatentes, enfraqueceriam a posição ucraniana e colocariam em risco conquistas obtidas a duras penas.
“Ninguém que esteja aqui arriscando a vida todos os dias vai apoiar isso”, teria dito um dos soldados, destacando que qualquer acordo precisa considerar, antes de tudo, a segurança do território ucraniano e o sacrifício de quem está no campo de batalha.
As reações surgem num momento em que as forças ucranianas enfrentam um ritmo de combate exaustivo, com avanços lentos e perdas constantes. Por isso, muitos militares enxergam a proposta como precipitada, temendo que um acordo mal costurado acabe beneficiando apenas o inimigo — e deixando o país vulnerável.
Enquanto discussões diplomáticas seguem em curso, a mensagem das tropas é clara: qualquer plano de paz que não reflita a realidade vivida nas trincheiras dificilmente terá apoio de quem está pagando o preço mais alto da guerra



