O cinema brasileiro está dançando na chuva, e com guarda-chuva aberto. Pois é: a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, aquela que entrega os famosos Óscars, divulgou a lista de filmes elegíveis para a próxima edição da premiação, e duas produções brasileiras entraram no páreo.
Os títulos que carimbam o passaporte brasileiro rumo a Hollywood são O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, e Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa.
Por que isso é motivo de festa
Primeiro: entrar na lista de elegíveis não é questão de “ah, jogaram no bolo”, não. São centenas de produções ao redor do mundo avaliadas, e estar entre elas significa que o filme passou por critérios de qualidade, de lançamento, de visibilidade.
Segundo: o Brasil sai do canto de “vamos ver se aparece” para “olha nós aqui”, mostrando que nossa produção audiovisual está com fôlego, narrativas ligadas à nossa cultura, à nossa realidade, ganhando espaço fora do país.
Terceiro: é um espelho bacana para quem ama cinema por aqui. Mostra que dá pra fazer, dá pra contar nossa história, com nossa identidade, e disputar no mesmo palco global.
Um pouquinho sobre os filmes
“O Agente Secreto”: filme que mistura espionagem, moralidade, suspense… um longa com apelo internacional e que abriga no elenco e na direção nomes que vêm conquistando olhares além-mar.
“Apocalipse nos Trópicos”: documentário que aborda temas sociais e ambientais — um “cinema de impacto”, que toca em nervos da nossa sociedade e reúne estética + relevância.
E agora? O que vem pela frente
A próxima etapa é a divulgação das pré-listas oficiais, que vão afunilar ainda mais os nomes que realmente concorrem (os “finalistas”) para cada categoria.
Depois disso, entra a campanha: festivais, críticas, divulgação, entrevistas… enfim, o cinema pega a estrada.
E claro: o sonho de ver uma produção brasileira ali entre os cinco, ou quem sabe vencedora — isso inspira gerações de cineastas, roteiristas, técnicos, atores do Brasil.
Um brinde à produção nacional
Se você fechar os olhos e pensar no cinema brasileiro, o que vem à mente? Talvez os clássicos de Glauber Rocha, o grande “Cinema Novo”, a força de contar histórias que são nossas — da cidade, do sertão, da floresta, da periferia, da alegria, da dor, da risada e da lágrima.
Agora imagine: filmes que nascem aqui, com nossa bagagem cultural, nossa paisagem, nosso olhar, cruzando fronteiras. Isso é motivo de orgulho.
E quando esses filmes entram em listas como essa da Academia, é como se aplaudíssemos de pé: “ali está nosso cinema, nosso jeito, nossa voz”.
Para o público e para o mercado
Para o público em geral significa mais acesso, mais visibilidade — quem sabe mais sessões, mais festivais, mais debates. Para o mercado significa que é possível apostar em cinema brasileiro e ter retorno de imagem, de prestígio, talvez até comercial.
Para os realizadores, é uma fagulha: “se eles conseguem, nós também”. Isso move.
Em resumo….
Se você curte cinema brasileiro, latino-americano ou global, fique de olho. As próximas semanas serão de expectativa, torcida e celebração. E se você ainda não assistiu nem “O Agente Secreto” nem “Apocalipse nos Trópicos”, talvez seja o momento perfeito para marcar-na-agenda, convidar amigos e explorar esse lado vibrante do nosso audiovisual.
Porque quando o cinema nacional brilha, não é só o filme que ganha luz, ganhamos todos nós, espectadores apaixonados, sonhadores e cine-viajantes à procura de histórias que nos façam rir, pensar, chorar e, por que não, vibrar juntos



